Social Icons

                        twitterfacebookrss feedemail

sábado, 14 de abril de 2012

Home Studio - Por onde começar? - Quarta parte - O estudo e treinamento



Índice com todos os artigos da série sobre dicas de estúdio


Aprofunde-se mais no tema, lendo todos os artigos da série:

Parte 1: Introdução - Visão Geral
Parte 2: Hardware (Microfones, Interfaces... etc.)
Parte 3: Softwares, Plugins e Aplicativos
Parte 4: Estudo e treinamento



central do rock elvis almeida dicas importantes home studio ferramentas produção musical
Olá amigos,

estou de volta com a quarta e última parte das dicas para quem pretende montar seu Home Studio, qual seja, o TREINAMENTO.

Calma... isto não quer dizer que não vou escrever sobre o assunto. Simplesmente que a partir destas noções gerais, a abordagem nos próximos artigos será específica sobre este ou aquele equipamento, recurso, software ou técnica de gravação.

Se você seguiu todos os passos dos artigos anteriores você já deve estar planejando providenciar ou comprar:

I- O espaço dedicado e adequado para fazer suas gravações;
II- o computador eficiente para "rodar" os softwares necessários;
III- a interface ou mesa com no mínimo duas entradas XLR;
IV- dois microfones (um dinâmico e outro condensador);
V- Monitores de áudio;
VI- software multipista (também chamado de DAW);
VII- plugins VST e VSTi.

Falta agora outro requisito muito importante, tempo para estudar (risos).

Você precisa achar um tempo na sua agenda para estudar a teoria e principalmente aplicá-la na prática. Sobre o posicionamento dos microfones, por exemplo, só mesmo com muita experimentação conseguimos chegar num resultado ideal e satisfatório. Aliás, é importante destacar que cada instrumento necessita ou merece de uma técnica de micronofação diferente. Não existe uma receita única para gravar microfonando. Os resultados melhoram muito com a experiência.

Estas horas (pode colocar horas nisto) dedicadas para as experimentações também são horas de estudo. Explore o programa DAW também. Recomendo, principalmente, que pesquise bastante os recursos de insert, buses e sends. Eles são fundamentais para o roteamento interno do áudio e muitas técnicas de gravação passam por este recurso. Exemplo: tem hora que é mais vantajoso transformar um track de instrumento virtual (MIDI) em um track de áudio, para aplicação de certos efeitos, e sem o domínio do roteamento do áudio, os resultados podem ser comprometidos.

Portanto, não é perda de tempo ler o manual que acompanha o DAW (mesmo em PDF). Muito pelo contrário, os manuais nos oferecem uma visão geral do programa que é muito útil para quem está começando.

Nos sites dos desenvolvedores do aplicativo, também encontramos muitos tutoriais gratuitos, muitos em vídeo, exemplificando o uso do programa em diversas situações, como gravações de bateria, guitarra, voz, instrumento virtual... etc. Também não é perda de tempo assistir ou ler estes tutoriais, pois eles irão complementar a visão geral dada pelo manual, evitando que você “apanhe” do software no futuro, quando estiver realizando um trabalho de produção.

As videoaulas no You Tube também ajudam muito. Existem muitos profissionais dispostos a ajudar e publicam conteúdo com dicas passo-a-passo de como fazer este ou aquele tipo de gravação. Basta procurar.

As apostilas, costumam ser menos confiáveis, pois muitas vezes são um compilado de ideias diferentes e antagônicas, mas também ajudam, principalmente quando tidas pelo estudante como material complementar.

Mesmo sendo possível estudar sozinho, um curso regular, bem como as oficinas e os workshops tem suas vantagens. Enumerarei algumas:

a) Material didático planejado e conciso;
b) horas dentro de um estúdio sob a orientação de um profissional experiente. Ou seja, aquilo que você levaria uma semana para descobrir sozinho, tem o professor te entregando “de bandeja”;
c) certificação, fundamental para quem pretende tornar-se um produtor musical profissional;
d) troca de ideias e dicas com outros alunos.

Cabe salientar, que o treinamento é talvez a parte mais importante. Tem profissional que consegue “tirar leite de pedra”, melhor dizendo, mesmo com equipamentos tidos como amadores/inferiores, conseguem gravações com qualidade inquestionável. Milagre? Claro que não. Isto se deve ao fato dele ter dedicado muitas horas do seu tempo estudando, pesquisando e aplicando a teoria.

Recomendo até que antes mesmo de sair comprando tudo que precisa para seu Home Studio, que você faça um curso, ou participe de um workshop de produção musical, até mesmo para não desperdiçar seu dinheiro.

Depois de ter uma noção mais apurada do tema você irá comprar melhor, pois gastará seu dinheiro com aquilo que lhe fornecerá o melhor custo-benefício. Analogicamente, é o mesmo que construir um edifício sem um projeto de engenharia. A chance dele cair por deficiência nas estruturas é muito grande.

Se você pretende tornar-se um produtor profissional, invista principalmente nos pilares de qualquer prestação de serviços, os conhecimentos teóricos e práticos.

Um grande abraço e espero que esta série de artigos tenha esclarecido bastante sobre o tema.


Elvis Almeida
Guitarrista – Endorsee Strinberg


PARA VOCÊ:
Gostou desta matéria? Leia mais colunas e dicas nas seções COLUNISTAS e DICAS IMPORTANTES
Você curte equipamentos? Leia nossas análises na seção REVIEWS

Assine o boletim e receba atualizações por e-mail!

Digite seu e-mail aqui:


Fornecido por FeedBurner

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Home Studio - Por onde começar? - Terceira parte - Softwares, plugins e aplicativos



Índice com todos os artigos da série sobre dicas de estúdio


Aprofunde-se mais no tema, lendo todos os artigos da série:

Parte 1: Introdução - Visão Geral
Parte 2: Hardware (Microfones, Interfaces... etc.)
Parte 3: Softwares, Plugins e Aplicativos
Parte 4: Estudo e treinamento



central do rock elvis almeida dicas importantes home studio ferramentas produção musical
Chegamos ao ponto mais polêmico de nossas dicas para Home Studio.

Muitos profissionais da área vão dizer: “se você quer ser produtor, é obrigatório usar este ou aquele software, pois se tornou padrão de mercado”... etc.

Particularmente, não acredito nestas verdades absolutas. Atualmente, há produções de altíssimo nível usando PC's, com resultados similares ou superiores aos Mac's. Mas também há muitos resultados inferiores. Tudo depende da qualidade da interface, microfones, ambiente de gravação e principalmente, do produtor musical (a peça mais importante de qualquer estúdio).

O mesmo ocorre com os softwares DAW (Digital Audio Workstation), ou seja, gravadores multipista. Há tanta variedade de programas no mercado, que hodiernamente, não é possível dizer com convicção qual é o melhor.

É importante destacar também, que boa parte da qualidade dos resultados obtidos, é decorrente muito mais dos plugins VST e VSTi, do que propriamente do software multipista. O programa DAW, precisa ter principalmente:

I- quantidade suficiente de tracks de áudio, midi... etc.;
II- quantidade e qualidade de controles dos tracks, tais como inserts, buses, sends... etc.;
III- gravar com no mínimo 24 bits e 192 Khz;
IV- ser compatível com a maior parte dos plugins VST e VSTi do mercado;
V- ser estável, ou seja, não travar e rodar “solto” como dizem os técnicos;
VI- baixa latência. Isto não é só função do driver ASIO, o software multipista também tem um papel importante neste ponto.

Existem uma infinidade de programas no mercado que atendem todas estas especificações com maestria, uns com mais ou menos recursos.

Os mais conhecidos do público em geral, são: Pro Tools®, Sonar®, Studio One®, Cubase®, Nuendo®, Reason®, Reaper®, Mixcraft®, Logic®, Fruity Loops®, Acid Pro®, Audition®, Samplitude®... etc.

Os preços também variam muito. Creio que a escolha deve pautar-se pela relação custo-benefício. Geralmente os mais caros possuem muito mais recursos. A pergunta que deve ser respondida é: “Vou utilizar todos os recursos que estou pagando?”. Se a resposta é negativa não justifica investir R$ 2.000,00 (dois mil reais) num software.

Outra questão que deve ser considerada é a aplicação do seu estúdio. Como estamos falando de Home Studio, só se justifica os aplicativos mais caros e cheios de recursos se você pretende utilizá-lo para produções completas. Se o uso vai apenas até a fase de pré-produção, um DAW de R$ 100,00 (cem reais) até R$ 300,00 (trezentos reais) é o mais recomendado.

Muitas vezes você não precisa nem comprar o software. A maioria das interfaces já vem com um software multipista famoso nas versões LE (com menos recursos), que apesar das limitações, já é o suficiente para aprender, compor e pré-produzir.

O mesmo raciocínio pode ser empregado com os plugins VST e VSTi. Se você vai chegar apenas até a fase de pré-produção, gravando tudo novamente num estúdio comercial, não é justificável comprar caríssimos plugins para masterização ou instrumentos virtuais avançadíssimos, pois o estúdio contratado para fazer a gravação, mixagem e masterização, já terá em seu arsenal aquilo de mais avançado na matéria.

Sobre plugins, depois de um ano pesquisando, encontrei diversos aplicativos freeware, que oferecem resultados muito satisfatórios, especialmente se você pretende apenas pré-produzir ou compor.

Portanto, levando em conta que você pode começar com os aplicativos que acompanham a interface + freewares, é possível começar seu Home Studio, sem nenhum custo adicional de software àqueles já descritos na segunda parte das dicas.

É claro, que a medida que você vai aprendendo, vai ficando também mais exigente, querendo mais recursos e fidelidade na gravação. Neste sentido, recomendo que o upgrade nos softwares seja realizado somente depois que tiver dominado a versão LE.

Não pule etapas, ou do contrário, você acabará desperdiçando muito dinheiro que seria muito melhor empregado com hardware ou treinamento.


Um abraço e até a próxima.

Elvis Almeida
Guitarrista – Endorsee Strinberg

® São marcas registradas em nome de seus proprietários.


PARA VOCÊ:
Gostou desta matéria? Leia mais colunas e dicas nas seções COLUNISTAS e DICAS IMPORTANTES
Você curte equipamentos? Leia nossas análises na seção REVIEWS

Assine o boletim e receba atualizações por e-mail!

Digite seu e-mail aqui:


Fornecido por FeedBurner

terça-feira, 10 de abril de 2012

Análise (Review) - Guitarra Strinberg Tele CLG-89T

Teste resenha guitarra strinberg tele telecaster clg89t clg-89t elvis almeida instrumento teste dicas vale a pena comprar

E aí pessoal, tudo em cima?

Estou de volta para falar desta notável guitarra, creio que uma das campeãs em custo-benefício da Strinberg, principalmente para aqueles que buscam timbres clássicos e vintages. Trata-se do modelo Tele da marca, o CLG-89T.

Relembrando, as guitarras Strinberg, são desenhadas nos Estados Unidos, fabricadas na China e distribuídas no Brasil pela Sonotec (www.sonotec.com.br).

Mais uma vez destacamos o acabamento da Strinberg, inigualável na faixa que preços que seus instrumentos se situam.

Como todas as guitarras da marca, esta guitarra tem corpo sólido (Ash), coisa rara na faixa de preços que ela ocupa. Braço e Escala em Maple e  disponível na cor natural da madeira (na verdade um verniz com tom amarelado, que produz um efeito muito bonito).

A parte elétrica é composta por 2 captadores Strinberg Single, clássicos do modelo Telecaster, com 1 (um) controle de volume e 1 (um) controle de tonalidade. A chave tem 3 (três) posições: 1 - Ponte; 2 - Ambos; e 3 - Braço.


A ferragem é composta por uma ponte fixa do tipo Tele, com tarraxas do tipo Die Cast.


Em comparação com outros modelos Tele (concorrentes) na mesma faixa de preço, a Strinberg é sem dúvida a mais bonita e bem acabada. Quanto ao som, o timbre é bem fiel ao que uma Tele propõe, uma guitarra com ganho menor, porém com muita definição nas notas.

Ela possui uma pequena caixa de ressonância, que deixa seu timbre bastante particular e com mais sustain. Mas não pense que ela é semi-acústica, pois o corpo é sólido, a caixa de ressonância é apenas um plus a mais. Aliás, um excelente plus.


Em geral é uma guitarra lindíssima e bem acabada, um dos melhores acabamentos da marca.

 Pontos positivos: são muitos.
* Destaca-se primeiramente o acabamento. O verniz é muito bem aplicado em toda a superfície da guitarra. O corpo é solído em ash. Não é a guitarra mais barata da marca, mas podemos ressaltar o custo-benefício, pois custa de R$ 700,00 a R$ 800,00, o que em comparação à qualidade do acabamento é um grande atrativo.
* Os captadores são muito equilibrados, com ótimo desempenho em todas as cordas e posições da chave seletora. O timbre é bem claro e definido, além de uma ótima sensibilidade e ataque.
* A aparência/design também é um destaque, a guitarra é simplesmente linda. Principalmente a pequena caixa de ressonância no corpo, que dá um charme especial.

Pontos negativos:
Por se tratar de uma categoria de instrumento mais econômica, obviamente a ferragem é mais econômica, mas nada que comprometa o uso do instrumento.


Concluindo, é um instrumento cujos pontos positivos ultrapassam de longe os negativos. No geral, poderia concluir que é uma compra de excelente custo-benefício. Este instrumento com certeza irá superar as expectativas de muitos. Se fosse fazer um upgrade, seria no máximo a troca de tarraxas por outras Schaler ou Gotoh. Fora isto não vejo necessidade de mudar mais nada.

Para quem é recomendado o modelo?

O modelo Tele é recomendadíssimo para quem curte timbres e estilos vintage. Se gosta de Classic Rock e Blues, certamente, irá adorar esta guitarra. Não que não seja possível tocar sons mais pesados, mas é que a vocação do instrumento é outra.

Apesar do preço em conta, eu não tenho receio algum de "colocá a guita na estrada" e até mesmo realizar gravações profissionais, como ocorre com outros modelos da marca.


NOTAS (de 1 a 10):

Design/Aparência/Acabamento: 10
Construção/Robustez: 9
Definição/Qualidade do timbre: 9
Tarrachas: 6
Timbre/Captadores: 9
Ponte: 9
Custo-benefício: 10

MÉDIA/NOTA FINAL: 8,86

PONTUAÇÃO: Péssimo (1-2), Ruim (3-4), Bom (5-6), Ótimo (7-8), Excelente (9), Excepcional (10)

Obs.: Vale lembrar que um equipamento cuja MÉDIA/NOTA FINAL fique acima de 6 pode ser considerado um equipamento satisfatório, e acima de 8 poderá ser classificado como de uso profissional.


Um abraço!


Elvis Almeida
Guitarrista - Endorsee Strinberg
www.elvisalmeida.com


PARA VOCÊ:
Gostou desta matéria? Leia mais na seção REVIEWS

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Home Studio - Por onde começar? - Segunda parte - Hardware (microfones, interfaces, placas, mesa de som)



Índice com todos os artigos da série sobre dicas de estúdio


Aprofunde-se mais no tema, lendo todos os artigos da série:

Parte 1: Introdução - Visão Geral
Parte 2: Hardware (Microfones, Interfaces... etc.)
Parte 3: Softwares, Plugins e Aplicativos
Parte 4: Estudo e treinamento



central do rock elvis almeida dicas importantes home studio ferramentas produção musical
Olá pessoal, estou de volta, para dar sequência nas dicas de montagem de um Home Studio.

O próximo passo é a escolha do hardware. Esta é a fase mais delicada e compreende também a escolha do lugar para realizar as instalações, bem como o projeto acústico.

Quanto à acústica e escolha do local, vou abordar o tema de forma bem sintética, pois acho que tal assunto merece ser abordado num artigo à parte.

Se você pretende gravar bateria acústica, a regra é escolher um local bastante amplo. Recomenda-se que o ambiente onde será instalado a bateria, possua no mínimo 5x5m. Quanto ao tratamento acústico do espaço, você pode economizar instalando atenuadores/abafadores que evitem a reverberação apenas. Existe uma grande diferença em tratamento acústico e isolamento acústico. O isolamento tem como premissa apenas impedir que o som vaze do estúdio. O tratamento envolve o planejamento do som internamente, para impedir reverberação, valorizar ou suprimir frequências... etc.

Existem empresas especializadas no assunto. Se você vai instalar seu estúdio num apartamento e pretende gravar bateria ou guitarra em altíssimos volumes, é altamente recomendado a contratação deste tipo de serviço.

Se será numa residência, o problema da propagação de ruídos é menor, necessitando de soluções mais simples. Como disse isto é um tema muito complexo e será abordado com mais profundidade em outro artigo.

A energia de qualidade também é fundamental. Você precisará de tomadas aterradas e condicionadores de energia, pelo menos um para alimentar sua interface, mesa de som... etc.

Se você pretende apenas aprender a gravar, compor ou pré-produzir, os gastos com interface, microfones... etc., não precisam ser exagerados.

A escolha de uma interface depende de inúmeros fatores, principalmente do custo-benefício. Atualmente, existe uma variedade enorme de dispositivos, sendo que a escolha deve orientar-se principalmente pela destinação do estúdio.

Dependendo do uso de seu Home Studio, uma mesa de som com interface de áudio embutida ou uma interface com uma ou duas entradas XLR, e microfones médios é o suficiente para suas necessidades.

No meu caso, eu escolhi uma mesa com interface, pela possibilidade de usá-la não só para gravações como para pequenos shows... etc.

Em geral, para microfones e interfaces, pode-se classificar os equipamentos encontrados no mercado em 3 (três) categorias:

a) top: utilizados nos melhores estúdios e com altíssima fidelidade;
b) médios: utilizados em estúdios médios, e até nos melhores como alternativa de timbre, ou na fase de pré-produção;
c) clones: são equipamentos produzidos em larguíssima escala, normalmente baseados nos produtos de nível médio ou até top, porém com materiais econômicos e mão-de-obra barata. Costumam custar até 1/10 do preço de um equipamento médio.

Na minha opinião, se o assunto é Home Studio, os equipamentos top estão fora da lista de compra. Tal investimento só se justifica se você for um magnata do petróleo, ou nos estúdios comerciais. A menos que você esteja pensando em prestar serviços de produção musical comercialmente, um equipamento top só vai encarecer custos injustificadamente. Aliás, muitos estúdios profissionais utilizam os equipamentos classificados como médios, com produções em padrão de mercado.

Portanto, se o que você procura é realizar produções econômicas, recomendo você não ultrapasse a fronteira dos equipamentos de nível médio. Em alguns momentos, até mesmo um clone chinês pode ser interessante.

Agora, se você pretende utilizar seu estúdio apenas para aprendizado e composição, os clones são mais que o suficiente. Mesmo que a durabilidade não seja lá estas coisas, o valor investido é tão baixo que justifica a eventual substituição dos equipamentos devido a quebra, “queima” ou atualização.

Se o objetivo é pré-produção, o ideal é a mistura de equipamentos médios e clones assim como no caso das produções econômicas, com a diferença da predominância de uma ou outra classe de equipamentos. Melhor dizendo, para pré-produção, como a gravação definitiva será feita num estúdio comercial, você pode utilizar equipamentos mais baratos, como os clones, pois o importante é registrar as ideias. Já nos casos das produções econômicas, os equipamentos devem ser preferencialmente médios, podendo utilizar em alguns casos os clones, quando não comprometer o resultado final, ou seja, a preferência é pelo nível médio.

Concluindo, percebe-se que não há uma receita pronta para montar um Home Studio, o que existe são diretrizes a serem seguidas para você não desperdiçar seu dinheiro.

Não compre equipamentos sem ter convicção de que é aquilo que você precisa.

E agora, o que devo comprar primeiro?

Para começar a gravar, além de um computador, você precisa praticamente da seguinte kit:

I- uma interface com uma ou duas entradas para microfone XLR, por já possuírem preamp embutido, ou mesa de som ou não. Existem muitas no mercado com excelente custo-benefício. Dê preferência para as interfaces que possuírem a menor latência (atraso entre o que se toca e o que se ouve/monitora);

II- um microfone dinâmico. Não gosto de falar em marcas e modelos, pois isto depende muito da experiência pessoal, mas o “coringa” é o SM57® da Shure® e similares. Com ele é possível gravar inúmeros equipamentos acústicos e até voz em determinadas situações;

III- um microfone condensador de largo espectro. Este será necessário para gravar inúmeros instrumentos acústicos e também a voz. Assim como no caso da interface, recomenda-se a compra de um médio, até porque não representará um investimento tão grande assim;
IV- um par de monitores ativos. Tais monitores são encontrados no mercado com preços que variam de R$ 300,00 (trezentos reais) até R$ 6.000,00 (seis mil reais). Tem muita gente que consegue bons resultados usando um aparelho de som doméstico com entrada auxiliar. O mais importante é conhecer seu equipamento a fundo. Se você sabe que seu monitor fornece mais graves que o padrão comercial, você precisará reforçar os graves na equalização, pois do contrário, quando ouvir o áudio em outro equipamento você perceberá ausência das frequências baixas.

Se você adquirir este kit de padrão médio, o investimento inicial dificilmente irá ultrapassar a quantia de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), ou seja, não é barato, mas também não é nenhuma fortuna, ainda mais considerando que apenas um microfone top pode custar mais de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Com este kit básico, não será preciso vender a mãe, os olhos da cara... etc., para poder comprar tais equipamentos.

Um último alerta é para quem deseja gravar bateria acústica. Se você pretende gravar cada peça em pistas separadas, será necessário investir um pouco mais na interface, pois não basta a interface ter muitas entradas, também tem que ter as saídas independentes. Consequentemente, a quantidade de microfones também aumenta, praticamente um para cada peça. Existem bons kits de microfone para bateria com ótimo custo-benefício.

Quanto ao computador (PC ou Mac), creio que dispensa muitos comentários. Basta dizer que para trabalhar com áudio, você precisa de um monitor de vídeo grande, muita memória RAM, HD com muita velocidade, para evitar os atrasos. O processador também é importante, mas faz mais diferença ter muito cache de processamento, que velocidade propriamente dita.

Então é isto... na próxima abordarei os softwares, outro ponto muito interessante e que irá influenciar os resultados.

Um abraço,


Elvis Almeida
Guitarrista - Endorsee Strinberg
http://www.elvisalmeida.com

® São marcas registradas em nome de seus proprietários. 


PARA VOCÊ:
Gostou desta matéria? Leia mais colunas e dicas nas seções COLUNISTAS e DICAS IMPORTANTES
Você curte equipamentos? Leia nossas análises na seção REVIEWS

Assine o boletim e receba atualizações por e-mail!

Digite seu e-mail aqui:


Fornecido por FeedBurner

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Home Studio - Por onde começar? - Primeira parte - Visão Geral



Índice com todos os artigos da série sobre dicas de estúdio


Aprofunde-se mais no tema, lendo todos os artigos da série:

Parte 1: Introdução - Visão Geral
Parte 2: Hardware (Microfones, Interfaces... etc.)
Parte 3: Softwares, Plugins e Aplicativos
Parte 4: Estudo e treinamento



central do rock elvis almeida dicas importantes home studio ferramentas produção musical
Olá pessoal, depois de 1 (um) ano pesquisando e experimentando ferramentas, acho que o momento é de passar para vocês algumas dicas para montar seu próprio Home Studio.

Quando comecei a tocar (há 20 anos atrás), ter um Home Studio, (pelo menos para nós, da classe operária) só era possível vendendo a mãe, os olhos da cara, papagaio, cachorro... etc. (Risos)

Naquela época, as opções eram caras e não muito funcionais. O Home Studio servia apenas para produzir demos com qualidade suficiente para que uma gravadora entendesse o que estava sendo tocado.

Atualmente, com a (r)evolução tecnológica (tanto de hardware como de software), é possível realizar gravações caseiras com qualidade bastante satisfatória, melhor que muitas gravações profissionais da década de 80 e anteriores.

É óbvio, que um estúdio top terá material humano e técnico infinitamente superior ao seu Home Studio. É importante salientar que a tecnologia também evoluiu para as soluções profissionais. Então... nós estaremos sempre um passo atrás dos grandes estúdios.  Mas e daí? Vai deixar de fazer música por causa disso? A resposta é NÃO!


Então porque montar um Home Studio?

Entre as razões mais convincentes eu destaco:

a) aprendizado: um estúdio caseiro é um excelente laboratório para você aprender a gravar e mixar. Você pode experimentar diversos tipos de gravação, usando simuladores ou não, tudo que sua criatividade mandar;

b) composição: se você tem um local reservado para registrar suas ideias, riffs, grooves... etc., a criação é facilitada e até estimulada. Em 1992, quando comecei a tocar, meu "estúdio" era composto de um tape deck duplo com uma entrada de microfone. Quando gravava, o deck 1 misturava o som que vinha do deck 2 com a entrada de microfone. O resultado era um lixo, mas fiz muitas "demos" assim. Hoje em dia tudo é mais fácil (graças a Deus!);

c) pré-produção: é economicamente inviável fazer a pré-produção de uma banda num estúdio top. Tem vezes que a música é praticamente refeita nesta fase. Imagine ficar experimentando arranjos, cortes, timbres... etc. pagando a bagatela de R$ 300,00 por hora no estúdio... ainda mais considerando que a pré-produção pode levar meses. O Home Studio pode ser a melhor alternativa. No conforto de sua casa, você pode testar todas as mudanças na música e ver qual fica melhor, deixando pro estúdio top, a gravação propriamente dita e fases posteriores;

 d) produções econômicas: apesar de um Home Studio nunca se equiparar a um estúdio profissional, dependendo dos hardwares e softwares utilizados, e principalmente, do profissional que irá gravar e mixar (afinal, o fator humano é indispensável), é possível realizar produções profissionais muito interessantes (até conceituais) em estúdios caseiros. É claro que não dá pra tirar "leite de pedra", mas com os investimentos certos, dá pra produzir muita coisa a um custo bem reduzido. Recomenda-se que a masterização fique por conta de outro técnico, ainda não "contaminado" pelo conforto auditivo, em um estúdio profissional, para que o resultado final fique ainda melhor sem deixar de economizar muito dinheiro com isto.

Se você precisa ou deseja, realizar uma (ou mais) das atividades acima descritas, então chegou a hora de você montar seu Home Studio.

Para que seu estúdio renda os frutos esperados, você precisará de ferramentas e tempo para estudar. Não pense que basta instalar um software de gravação multipista e pronto. Tais aplicativos são desenvolvidos levando em conta a linguagem da produção musical, buscando reproduzir virtualmente tudo que antigamente se fazia em enormes gravadores, mixers, racks e consoles.

Um software multipista para quem não está familiarizado com a técnica de gravação e produção, é como um programa CAD para quem não entende de desenho industrial ou arquitetônico.

Por isso mesmo, o instrumento/ferramenta mais importante é você. Se você não estudar muito, de nada irá adiantar ter o mais famoso programa do mercado, pois não irá aproveitar nem 1/3 dos recursos e funcionalidades.

Desta forma, destaco agora os 3 (três) pilares de um Home Studio eficiente, que poderá ser um ótimo trampolim para que você se torne um produtor musical, vejamos:

I - hardware (envolvendo não só o PC, mas também interface, microfones... etc.);
II - software;
III - treinamento.

Nos próximos artigos, irei abordar cada um deles, comentando a minha experiência na busca da qualidade em cada um dos fundamentos. Aguardem!

Um abraço e até a próxima.


Elvis Almeida
Guitarrista - Endorsee Strinberg
http://www.elvisalmeida.com

PARA VOCÊ:
Gostou desta matéria? Leia mais colunas e dicas nas seções COLUNISTAS e DICAS IMPORTANTES
Você curte equipamentos? Leia nossas análises na seção REVIEWS

Assine o boletim e receba atualizações por e-mail!

Digite seu e-mail aqui:


Fornecido por FeedBurner
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Featured Posts

TV Central do Rock

Uma TV diferente e irreverente. Fique antenado com o que acontece no underground do Rock, bastidores, bandas, shows e eventos independentes.

Notícias

Fique de olho em nossas notícias sobre o mundo Rock. Não deixe de assinar nossos feeds e seguir nossos canais no Facebook e Twitter.

Reviews

Se você é músico, especialmente guitarrista, temos muitos reviews e artigos sobre pedais, amplificadores e guitarras.

Bandas

Entrevistas, releases, shows... etc. Entre em contato e divulgue sua banda também.

 

Opinião

As colunas e artigos deste portal expressam a opinião de seus autores e não necessariamente da Central do Rock.

Copyright

Copyright 2009-2013. Central do Rock (www.centraldorock.com.br). Todos os direitos autorais reservados.

Política de Privacidade

A Central do Rock respeita sua privacidade e seus dados pessoais. Em caso de dúvidas leia atentamente nossa Política de Privacidade.