Índice com todos os artigos da série sobre dicas de estúdio
Aprofunde-se mais no tema, lendo todos os artigos da série:
Parte 1: Introdução - Visão Geral
Parte 2: Hardware (Microfones, Interfaces... etc.)
Parte 3: Softwares, Plugins e Aplicativos
Parte 4: Estudo e treinamento
Olá pessoal, depois de 1 (um) ano pesquisando e experimentando ferramentas, acho que o momento é de passar para vocês algumas dicas para montar seu próprio Home Studio.
Quando comecei a tocar (há 20 anos atrás), ter um Home Studio, (pelo menos para nós, da classe operária) só era possível vendendo a mãe, os olhos da cara, papagaio, cachorro... etc. (Risos)
Naquela época, as opções eram caras e não muito funcionais. O Home Studio servia apenas para produzir demos com qualidade suficiente para que uma gravadora entendesse o que estava sendo tocado.
Atualmente, com a (r)evolução tecnológica (tanto de hardware como de software), é possível realizar gravações caseiras com qualidade bastante satisfatória, melhor que muitas gravações profissionais da década de 80 e anteriores.
É óbvio, que um estúdio top terá material humano e técnico infinitamente superior ao seu Home Studio. É importante salientar que a tecnologia também evoluiu para as soluções profissionais. Então... nós estaremos sempre um passo atrás dos grandes estúdios. Mas e daí? Vai deixar de fazer música por causa disso? A resposta é NÃO!
Então porque montar um Home Studio?
Entre as razões mais convincentes eu destaco:
a) aprendizado: um estúdio caseiro é um excelente laboratório para você aprender a gravar e mixar. Você pode experimentar diversos tipos de gravação, usando simuladores ou não, tudo que sua criatividade mandar;
b) composição: se você tem um local reservado para registrar suas ideias, riffs, grooves... etc., a criação é facilitada e até estimulada. Em 1992, quando comecei a tocar, meu "estúdio" era composto de um tape deck duplo com uma entrada de microfone. Quando gravava, o deck 1 misturava o som que vinha do deck 2 com a entrada de microfone. O resultado era um lixo, mas fiz muitas "demos" assim. Hoje em dia tudo é mais fácil (graças a Deus!);
c) pré-produção: é economicamente inviável fazer a pré-produção de uma banda num estúdio top. Tem vezes que a música é praticamente refeita nesta fase. Imagine ficar experimentando arranjos, cortes, timbres... etc. pagando a bagatela de R$ 300,00 por hora no estúdio... ainda mais considerando que a pré-produção pode levar meses. O Home Studio pode ser a melhor alternativa. No conforto de sua casa, você pode testar todas as mudanças na música e ver qual fica melhor, deixando pro estúdio top, a gravação propriamente dita e fases posteriores;
d) produções econômicas: apesar de um Home Studio nunca se equiparar a um estúdio profissional, dependendo dos hardwares e softwares utilizados, e principalmente, do profissional que irá gravar e mixar (afinal, o fator humano é indispensável), é possível realizar produções profissionais muito interessantes (até conceituais) em estúdios caseiros. É claro que não dá pra tirar "leite de pedra", mas com os investimentos certos, dá pra produzir muita coisa a um custo bem reduzido. Recomenda-se que a masterização fique por conta de outro técnico, ainda não "contaminado" pelo conforto auditivo, em um estúdio profissional, para que o resultado final fique ainda melhor sem deixar de economizar muito dinheiro com isto.
Se você precisa ou deseja, realizar uma (ou mais) das atividades acima descritas, então chegou a hora de você montar seu Home Studio.
Para que seu estúdio renda os frutos esperados, você precisará de ferramentas e tempo para estudar. Não pense que basta instalar um software de gravação multipista e pronto. Tais aplicativos são desenvolvidos levando em conta a linguagem da produção musical, buscando reproduzir virtualmente tudo que antigamente se fazia em enormes gravadores, mixers, racks e consoles.
Um software multipista para quem não está familiarizado com a técnica de gravação e produção, é como um programa CAD para quem não entende de desenho industrial ou arquitetônico.
Por isso mesmo, o instrumento/ferramenta mais importante é você. Se você não estudar muito, de nada irá adiantar ter o mais famoso programa do mercado, pois não irá aproveitar nem 1/3 dos recursos e funcionalidades.
Desta forma, destaco agora os 3 (três) pilares de um Home Studio eficiente, que poderá ser um ótimo trampolim para que você se torne um produtor musical, vejamos:
I - hardware (envolvendo não só o PC, mas também interface, microfones... etc.);
II - software;
III - treinamento.
Nos próximos artigos, irei abordar cada um deles, comentando a minha experiência na busca da qualidade em cada um dos fundamentos. Aguardem!
Um abraço e até a próxima.
Elvis Almeida
Guitarrista - Endorsee Strinberg
http://www.elvisalmeida.com
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